O uso dos aromas é uma prática milenar, praticada na história em rituais religiosos, de beleza ou até mesmo em praticas terapêuticas com o uso de plantas para curar doenças…, sendo que esses conhecimentos, nos dias de hoje são estudadas na aromaterapia. Pensando nisso o artigo do blog da semana se refere a um sequência de perguntas e respostas referente a promover uma introdução a aromaterapia mas também a esclarecer as principais dúvidas referente a aromaterapia e o uso dos óleos essenciais, vamos a elas:
Mas afinal o que é aromaterapia?
Aromaterapia é uma terapia alternativa categorizada pelo uso de óleos essenciais para promoção da saúde, que se reflete também em seu uso em tratamentos estéticos ou associado a terapias vibracionais.
E o que são óleos essenciais?
Os óleos essenciais são substâncias complexas quimicamente possuindo centenas de moléculas diferentes em apenas uma gota. São encontradas em flores, caules, raízes, rizomas, folhas, cascas de frutos cítricos, dentre outros. Produzidos pelas plantas a partir de vias metabólicas secundárias e são criados tanto para garantir a sobrevivência a agentes agressores quanto para garantir interação ao meio em que ela se encontra, os óleos essenciais oferecem afinidades por substância lipofílicas (oleosas) e são parcialmente solúvel para substâncias hidrofílicas (aquosas), sendo voláteis em temperatura ambiente.
Mas esses óleos oferecem apenas um efeito psicológico?
Os óleos essenciais além de desempenhar efeitos sob nossas emoções pela “ativação” de estruturas do sistema límbico, desempenha também a liberação de hormônios a partir da hipófise, isso sem levar em consideração o uso tópico onde os óleos são muito utilizados; Exemplos podem ser citados como ação cicatrizante do óleo essencial de Lavanda, ou o uso do óleo essencial de hortelã no tratamento de augias, O uso de tea-tree no tratamento de Acne dentre outras ações terapêuticas e estéticas.
Os óleos essenciais geram efeitos adversos?
Os óleos essenciais podem apresentar toxicidade como e apresentar efeitos adverso, por isso o uso indiscriminado ou sem consultar informações coesas e seguras é primordial para que o uso dos Óleos essenciais não causem danos a saúde do paciente. Podemos citar uma capacidade neurotóxica por conta de Tujonas em altas doses do óleo essencial de Artemisia vulgaris ou o Salicilato de metila contido no óleo essencial de Gualtéria.
Posso aplicar os óleos Essenciais diretamente na pele?
Depende. Alguns óleos essenciais como Lavanda, Tea-Tree e Copaíba, são bem aceitos na pele com baixo potencial irritativo. Por outro lados alguns óleos podem possuir efeitos irritativos na pele como Cravo, ou causar sensações que para alguns não são tão agradáveis: como a sensação de ardor e rubefaciência causado pelo tomilho que em diluições corretas serve como um excelente peeling facial.
Onde posso manipular os óleos essenciais?
Indica-se que os óleos essenciais sejam manipulados em recipientes de vidro ou cerâmica, dado que os Óleos Essenciais podem interagir com plásticos ou outros meios a ponto de corroê-los ou até mesmo promover a contaminação do óleo.
Os óleos essenciais podem queimar a pele?
Parcialmente verdade, já que este efeito adverso pode ocorrer nos óleos essenciais cítricos por conta principalmente de duas classes de constituintes químicos, as furanocumarinas e furanocromonas, presente nos óleos de Bergamota, Laranja, grapefruit, Limão… Outros óleos essenciais também podem causar este efeito foto tóxico, por isso é importante o cuidado do aromaterapêuta em salientar a importância de não se expor ao sol quando usado de forma tópica esses óleos.
Os óleos essenciais atuam como ferramentas esotérica ou que apresente um simbolismo?
“O uso de substâncias aromáticas está presente em rituais místicos desde os primórdios da humanidade, apresentando aspectos simbólicos gerados por associações culturais ou folclóricas, porém esta aplicação pode estar relacionada a forma de atuação no campo vibracional, portanto aromaterapia possui sim uma associação com práticas esotéricas, ressalta-se que a ciência comprova também sua efetividade nas esferas biológicas a partir de estudos isolados dos constituintes químicos dos óleos essenciais.”
Posso ingerir os óleos essenciais?
“O uso oral dos óleos essenciais é frequentemente aplicado na escola francesa das práticas em aromatologia, principalmente na forma de cápsulas, porém este uso deve ser feito com muita cautela e responsabilidade, já que os óleos essenciais podem causar efeitos adversos e irritação das mucosas do organismo e intoxicações severas. Portanto o aromaterapêuta que optar por esta via de administração deve estar muito bem embasado pela literatura científica e conhecer seu paciente já que o risco de intoxicação e interação medicamentosa é possível, esta ingestão deve ser supervisionada.”
Posso diluir o óleo essencial em água?
“Algumas formas de aplicação permitem a diluição dos óleos essenciais em água como na inalação (do qual o óleo essencial é diluído em água fervente para inalação do vapor) e saunas. No uso oral o mais indicado pela prática clinica francesa é seu uso em cápsulas, apesar de não ser bem conhecido os efeitos adversos tal como interações medicamentosas e medicamento-alimento, não se recomenda o uso da via oral nas práticas em aromaterapia, porém apenas para tornar este uso mais seguro recomenda-se inicialmente diluição prévia do óleo essencial em vinagre e desta mistura a diluição em água”.
Tomar óleo essencial de limão ajuda a emagrecer?
O óleo essencial de limão possui efeitos semelhantes mas não necessariamente iguais aos do fruto, já que acredita-se que o poder emagrecedor do fruto, tal como o efeito alcalinizador se deve as altas concentrações de ácido cítrico, logo o uso o óleo essencial de limão para emagrecimento, não se demonstra efetivo quanto ao uso do fruto. Em complemento, em estudo feito por Rozza 2009, revelou que Limoneno (componente majoritário do óleo essencial de limão) têm eficácias semelhantes na gastroproteção contra úlceras induzidas por anti-inflamatório não-esteroidal (indometacina), porém este mesmo componente é capaz de potencializar o efeito do medicamento, aumentando riscos de hemorragias. Por isso a ingestão do óleo essencial deve ser cautelosa.
Existem graus terapêuticos que classificam os óleos essenciais?
Existem algumas classificações dos óleos essenciais como por exemplo em grau estético e grau terapêutico, porém estas não são estabelecidas por um órgão regulamentador. Na verdade todo óleo essencial possui um efeito terapêutico, o que deve-se atentar é referente a concentrações dos metabólitos que sejam causadores do efeito desejado: Por exemplo um óleo essencial de lavanda para desempenhar uma função de relaxamento deve possuir concentrações adequadas de Acetato de Linalila e Linalol.
Por que quando sinto o aroma de uma planta ele difere do óleo essencial?
Isso acontece porque no óleo essencial, além dos componentes responsável pelo aroma característico da planta, existem outros compostos que mesmo em menor quantidade também são interpretados pelos tecidos olfativos, alterando o aroma.
Óleos essenciais são essências?
Geralmente o termo essência se refere a substâncias aromáticas sintéticas produzidas com a finalidade de reproduzir o aroma de uma determinada planta, alimento ou objeto. É importante ressaltar que as essências são diferentes dos óleos essências dado que por mais que ambas são substâncias voláteis e que possuintes de aromas, os óleos essenciais são substâncias complexas possuindo até mais de 300 componentes químicos diferentes em um mesmo óleo, o que confere a eles ação fisiológicas.
O que são hidrolatos? Eles são piores que os óleos essenciais?
Pode se dizer que Hidrolato é um subproduto obtido a partir do processamento extrativo do óleo essencial. Apesar de conterem uma pequena parte da composição do óleo essencial ainda assim possuem sua efetividade principalmente em ramo estético, podendo também ser usado como solvente em produtos ou procedimentos estéticos e na França eles são utilizados com frequência por via oral, sendo mantidos em geladeira por não possuírem conservantes. Sua ação não deve ser comparada com a dos óleos essenciais são produtos diferentes porém ambos demonstram sua eficácia na Aromaterapia por terem finalidades parecidas.
Gravidas podem usar óleos essenciais?
Gestante podem utilizar óleos essenciais, por exemplo banhos relaxantes são muito uteis, desde que sejam utilizados sob supervisionamento médico e depois do primeiro trimestre, do qual por maior segurança indica-se o uso dos óleos em diluições baixas e evitar óleos que possuam componente que podem desempenhar ações abortivas (como Carrotseed ou Artemisia, dentre outros…) ou que sejam emenagogos (Gengibre, Alecrim, Salvia sclarea…)
E bebês e crianças?
O uso em bebês é permitido e muito benéfico, sendo que orientamos antes de fazer o uso do óleo que o pediatra do bebê esteja ciente deste uso. Mas de modo geral o uso inalatório em doses ultra diluídas por exemplo com óleos essenciais de Camomila Romana ou Lavanda, são bem aceitos para este público. O uso em crianças também é permitido sobre as mesmas orientações acima sendo bem aceitos também o óleo essencial de Tangerina, Eucalipto globulus e tea-tree. Demontra-se certa dificuldade para identificar possíveis adulterações nos óleos essenciais de modo que algumas características referente ao avaliador facilitariam esta analise, tal como:
- Conhecimento aspectos organolépticos, condizente com o óleo em questão.
- Conhecimento técnico por parte do consumidor, no que diz respeito a conhecer como seria o óleo padrão
- Conhecimento da empresa que produz e distribui os óleos essenciais
E avaliar a relação custo benefício.
Alguém regulamenta os óleos essenciais no Brasil?
No nosso país a ANVISA regulamenta o uso dos óleos essenciais, porém não há legislações específicas referente a este produto. O que geralmente acontece com as empresas que produzem os óleos é registrarem os mesmos principalmente como cosméticos ou produtos de higiene, fazendo com que as legislações e diretrizes que regem a comercialização destes nichos de produtos, também direcionem a da comercialização dos óleos essenciais. Podem ser comercializados também como flavorizante ou domissaneantes dependendo do uso e onde este produto está inserido (registro).
Óleo Essencial estraga?
A Anvisa preconiza que os óleos essenciais tenham um prazo de validade de 3 anos. Por serem substâncias fotossensíveis, algumas classes de compostos químicos pertencente aos óleos essenciais se oxidam com maior facilidade: por isso recomenda-se que o armazenamento em locais escuros e em condições de temperatura e umidade controlada, além da embalagem em frasco âmbar de vidro e tampa que impeça o contato com meio externo, é completamente necessário para que ao longo deste período o óleo essencial disponha de boa qualidade.
Espero que este post lhe ajude a esclarecer algumas dúvidas sobre a aromaterapia, tentamos a partir dele esclarecer as principais dúvidas. Até a próxima ^^